
São rumores que a Huawei já negou, no entanto, onde há fumo, geralmente há fogo. A Huawei começou por vender em novembro a Honor, uma marca de smartphones de entrada e de média gama.
Essa venda poderá fazer parte de uma estratégia da Huawei para contornar, de certa forma, a proibição de comercializar os seus smartphones nos EU imposta pela administração de Trump em 2019. Além disso, a Google deixou de também de disponibilizar o Android à marca.
Este rumor foi divulgado pela Reuters e cita duas pessoas com conhecimento direto sobre esta matéria que afirmam que a Huaweiestáem negociações com um consórcio de empresas de investimento apoiadas pelo governo em Xangai.
A Reuters adianta ainda que as conversações tiveram início em setembro passado, pouco antes da marca anunciar a venda da Honor. Segundo esta notícia, a marca não tomou ainda uma decisão final sobre a venda da marca destes smartphones das séries Mate e P.
Um porta-voz da Huawei negou estes rumores, declarando que “a Huawei tomou conhecimento da circulação de rumores sem fundamento sobre a possível venda da marca dos seus smartphones topo de gama. Não há qualquer veracidade sobre estes rumores. Estamos totalmente empenhados no nosso segmento de smartphones e continuaremos a apresentar produtos mundialmente líderes na nossa área, assim como experiências para os nossos consumidores por todo o mundo.”

As séries Mate e P são os modelos de smartphones emblemáticos da empresa que se provaram grandes sucessos nãoa penas na China, mas por todo o mundo. Ao vender esta gama, a empresa estaria a deixar o mercado de smartphones de alta gama.
Apesar das sanções impostas pelos EUA, a Huawei continuou a prosperar no mercado mundial e tornou-se inclusive o fabricante de smartphones nº1 global. Pouco tempo depois, perdeu o lugar para a Samsung e tomou assim a segunda posição neste mercado.
Com a nova presidência de Biden a tomar posse no dia 20 de janeiro, a Huawei poderá estar a aguardar por possíveis alterações às sanções impostas por Trump, no entanto, não há quaisquer garantias que isto venha a suceder, o que deixa a Huawei num impasse e provavelmente força esta indecisão sobre a venda das suas gama de smartphones mais bem sucedidas.